Comunicação interna e sustentabilidade

Um dos grandes riscos de quem investe na comunicação com o intuito de fomentar uma cultura organizacional que favoreça a implantação de uma gestão baseada nos princípios da sustentabilidade é a departamentalização do tema. Porque se a criação de revistas e boletins e relatórios e ações específicas sobre sustentabilidade é fundamental para despertar consciência e elevar a atenção para o tema por parte de colaboradores (raciocínio este que se aplica também a fornecedores, consumidores, acionistas e demais públicos de interesse), por outro lado a constante dissociação do tema dos veículos corriqueiros de comunicação acaba gerando, involuntariamente, uma percepção de que sustentabilidade é algo que não tem a ver com o dia a dia da instituição. Não está presente nos procedimentos e critérios que orientam as decisões banais e corriqueiras que compõem os fluxos de trabalho da companhia. Daí a importância – e o desafio! – de integrar o olhar da sustentabilidade aos canais e fluxos normais de comunicação corporativa, provando que é no aqui e agora que se constrói uma prática empresarial sustentável. Seja no mural, na intranet ou no jornal interno, o importante é não criar editorias ou seções ou “matérias especiais”, mas tentar mostrar como tudo – dos resultados da empresa ao seu mais recente lançamento, passando pela tradicional lista de aniversariantes do mês – tem relação com sustentabilidade. E exige o envolvimento de todos. No final do dia, a mensagem só pode ser uma: sustentabilidade é comigo! Pois sem o envolvimento dos funcionários, ninguém conseguirá implantar uma gestão de negócios que respeite pessoas e o meio ambiente sem desrespeitar os imperativos econômicos que asseguram a sobrevivência e a expansão da corporação.